Daniel Chapo assinala "coragem" de militares no combate ao terrorismo
- 31/12/2025
"Mesmo longe das suas famílias, estes jovens cumprem, com coragem e elevado sentido de dever patriótico, a nobre missão de proteger Moçambique, combatendo o terrorismo de forma destemida e sem tréguas, 24 horas por dia, de segunda a segunda, quer faça sol, faça frio, faça chuva ou faça vento", disse Daniel Chapo, citado num comunicado da Presidência, enviado à comunicação social.
Em mensagem de boas festas, o chefe do Estado moçambicano fez uma "menção especial de reconhecimento e profundo agradecimento" aos jovens do Ruanda e de Moçambique que combatem os grupos rebeldes "nas matas" da província de Cabo Delgado, nos distritos de Eráti e Memba, na província de Nampula, e na zona de Mecula, na província do Niassa, todas do norte do país.
"Mesmo durante a quadra festiva, [os militares] permanecem firmes no combate ao terrorismo, assegurando a defesa da soberania, da paz e da integridade territorial do país (...). A Nação reconhece e agradece o vosso sacrifício", lê-se na mensagem de Chapo.
No mesmo documento, o Presidente de Moçambique destacou também a resiliência do povo moçambicano face aos desafios vividos ao longo de 2025, manifestando confiança de que o novo ano trará "novas oportunidades, mais progresso e melhores condições de vida para todos".
"O Presidente da República deseja a todos os cidadãos, dentro e fora do país, festas felizes e um ano novo pleno de saúde, sucesso e realizações, reiterando o seu compromisso de continuar a servir Moçambique com dedicação, responsabilidade e visão de futuro", conclui a Presidência moçambicana.
A província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, rica em gás, é alvo de ataques extremistas há oito anos, com o primeiro ataque registado em 05 de outubro de 2017, no distrito de Mocímboa da Praia.
A organização de Localização de Conflitos Armados e Dados de Eventos (ACLED, na sigla em inglês) estimou no início deste mês que a província moçambicana de Cabo Delgado registou 14 eventos violentos entre 10 e 23 de novembro, envolvendo extremistas do Estado Islâmico e provocando 12 mortos, e alertou para o agravamento da situação em Nampula.
De acordo com o mais recente relatório da ACLED, dos 2.270 eventos violentos registados desde outubro de 2017, quando começou a insurgência armada em Cabo Delgado, um total de 2.107 envolveram elementos associados ao Estado Islâmico Moçambique (EIM).
Estes ataques provocaram em pouco mais de oito anos 6.341 mortos.
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