Corina Machado revela que fraturou vértebra durante fuga da Venezuela
- 15/12/2025
Maria Corina Machado revelou, esta segunda-feira, que partiu uma costela durante a sua fuga da Venezuela na semana passada.
A vencedora do Prémio Nobel da Paz arriscou-se a sair do seu país, onde vivia há mais de um ano escondida, para participar na cerimónia de entrega do prémio, em Oslo.
Ao chegar, a ativista recebeu assistência médica no Hospital Universitário Ullevål, na noite de quinta-feira. Após exames, os médicos identificaram vários ferimentos, incluindo uma fratura numa vértebra.
A fratura terá ocorrido numa viagem num pequeno barco de pesca entre a costa venezuelana e Curaçau, onde foi extraída por uma empresa privada americana, cita o Globo.
A líder da oposição chegou ao destino tarde demais para assistir à cerimónia de entrega dos Nobel, trazendo apenas a roupa do corpo. Ainda assim, desde então tem agradecido todo o apoio e partilhado alguns pormenores desta fuga, que define como tendo sido assustadora.
A fuga
De acordo com a publicação norte-americana Wall Street Journal, Machado deixou os arredores de Caracas na manhã de segunda-feira, disfarçada e usando uma peruca, atravessando 10 postos de controlo militar para chegar a uma vila piscatória na costa.
Na noite de terça-feira, Corina Machado iniciou a travessia do Mar das Caraíbas num pequeno barco de pesca que, segundo o jornal, perdeu o sinalizador GPS durante o percurso.
Já em mar aberto, transferiu-se para outra embarcação para conseguir chegar a Curaçau sem ser detetada.
Fontes citadas pelo jornal asseguram que militares dos Estados Unidos foram informados da travessia para evitar que a embarcação fosse confundida com um alvo militar e atingida pelos recentes bombardeamentos norte-americanos.
Segundo revela agora o Daily Mail, a vencedora do Prémio Nobel da Paz terá sofrido o ferimento durante uma destas travessias marítimas de alto risco.
Corina Machado temeu pela sua vida
María Corina Machado, laureada com o Prémio Nobel da Paz de 2025, admitiu ter temido pela própria vida durante a fuga clandestina da Venezuela para a Noruega.
"Houve momentos em que senti que a minha vida corria um risco real", disse Corina Machado, recusando detalhar as circunstâncias da viagem até Oslo - onde já não chegou a tempo da entrega do prémio, que acabou por ser recebido pela filha - para não comprometer quem a ajudou.
"Foi também um momento muito espiritual porque, no final, simplesmente senti que estava nas mãos de Deus", acrescentou Corina Machado.
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