Conflitos. Banguecoque diz que "está a coordenar" telefonema com Trump
- 12/12/2025
"Estamos a coordenar a hora. Ainda não aconteceu", disse um porta-voz do MNE tailandês quando questionado sobre se o Presidente norte-americano já havia entrado em contacto com Banguecoque.
Donald Trump afirmou na terça-feira, durante um evento político no estado da Pensilvânia, que iria ligar aos líderes da Tailândia e do Camboja, Anutin Charnvirakul e Huh Manet, respetivamente, devido à escalada militar em vários pontos da fronteira comum, com cerca de 820 quilómetros.
"Se ele (Trump) me ligasse, na minha qualidade de chefe do Governo, eu explicaria e esclareceria como a situação evoluiu até ao que estamos a ver agora. Ele teria de ouvir detalhadamente as informações diretamente de mim", disse Anutin aos jornalistas na quinta-feira.
Uma nova onda de ataques recíprocos eclodiu no domingo na fronteira entre a Tailândia e o Camboja, fazendo até agora, pelo menos, 24 mortos, em violação do acordo de paz alcançado em 26 de outubro na Malásia e promovido pelo próprio Trump, bem como um cessar-fogo anterior, alcançado no mesmo país em julho, em cuja mediação os Estados Unidos também participaram.
Cinco dias de hostilidades entre os dois países em julho causaram cerca de cinquenta mortes.
Trump tem-se vangloriado de ter posto fim --- ainda que momentaneamente --- à violência que eclodiu no verão passado e, da Pensilvânia, reiterou que a pacificação do conflito entre Banguecoque e Phnom Penh faz parte da lista de oito guerras que afirma ter resolvido desde que voltou ao poder em janeiro deste ano.
Os dois países asiáticos mantêm uma disputa histórica pela soberania de vários territórios situados na fronteira que partilham, cartografada pela França em 1907, quando o Camboja fazia parte da Indochina Francesa.
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