Coligação avança com detenções na Síria após morte de 3 norte-americanos
- 14/12/2025
O agressor, um membro das forças de segurança sírias que se terá radicalizado, também morreu.
Fontes citadas por uma cadeia de televisão síria e citadas pela Europa Press indicaram que os militares da força internacional apoiados pelo exército sírio detiveram pelo menos três pessoas numa incursão nos bairros de Al Wasi e Al Yunhuriya, em Palmira, que durou cerca de duas horas.
Anteriormente, aviões americanos lançaram mísseis sobre a cidade, segundo a Síria TV. O jornal americano The Wall Street Journal informou que dois aviões F-16 foram enviados para sobrevoar Palmira como um gesto de força após o ataque.
O porta-voz do Ministério da Segurança Interna sírio, Nurredín al Baba, atribuiu o ataque a um membro das forças de segurança sírias "sem comando" que estaria "radicalizado".
"O agressor foi neutralizado e é importante salientar que ele não tinha qualquer cargo dentro da Segurança Interna e que não era guarda-costas do comandante da Segurança Interna, como afirmam as informações imprecisas divulgadas", indicou.
"Mais de 5.000 pessoas trabalham no Comando da Segurança Interna na região desértica e todas as semanas são realizadas avaliações a todos os membros e são tomadas medidas adequadas", explicou Al Baba em declarações à televisão síria Al Ijbariya TV.
A avaliação de 10 de dezembro indicava que o agressor poderia ter opiniões extremistas ou "heréticas", uma expressão para se referir à ideologia extremista do Estado Islâmico. Estava previsto emitir uma decisão a este respeito hoje, primeiro dia útil da semana, segundo Al Baba.
A investigação debruça-se agora sobre se o atacante tinha ligações diretas com o Estado Islâmico ou se apenas partilhava a sua ideologia. Além disso, serão investigadas as pessoas próximas e familiares. Al Baba destacou que a coligação internacional aplicará novos protocolos de segurança em coordenação com as autoridades sírias na região desértica.
O próprio Al Baba afirmou que tinham avisado as forças americanas do risco de ataques do Estado Islâmico. "O Comando de Segurança Interna tinha emitido avisos aos aliados com base em informações preliminares que apontavam para um possível ataque do Estado Islâmico, mas esses avisos não foram levados em consideração", afirmou em entrevista à Al Ijbariya TV.
Dois militares e um tradutor, todos americanos, morreram e outros três militares ficaram feridos num ataque perpetrado numa base militar em Palmira, na zona desértica da Síria.
Suspeito de ataque a americanos pertencia a forças de segurança da Síria
O homem que matou três norte-americanos no sábado na Síria fazia parte das forças de segurança sírias, segundo as autoridades locais, salientando que 11 membros dessas forças foram detidos após o atentado.
Lusa | 08:20 - 14/12/2025
