China diz que EUA enviam "sinal errado" com plano de vender armas a Taiwan
- 18/12/2025
Os EUA "anunciaram publicamente um plano de venda de armas avançadas a Taiwan num montante enorme", o que "prejudica gravemente a soberania, a segurança e a integridade territorial da China", declarou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Guo Jiakun, em conferência de imprensa.
Estas operações "prejudicam gravemente a paz e a estabilidade no estreito de Taiwan", afirmou.
"As forças separatistas tentam buscar a secessão através das armas e rejeitar a reunificação pela via militar, desperdiçando o dinheiro ganho com o suor do povo e tentando transformar Taiwan num 'barril de pólvora'", acrescentou Guo, para quem isso "não pode mudar o destino inevitável do fracasso da independência" e apenas "acelerará o avanço para uma situação perigosa" no estreito de Taiwan.
O porta-voz acusou também Washington de "ajudar a independência através das armas" e de tentar "usar Taiwan para conter a China", uma estratégia que fracassará.
Na sua intervenção, Guo sublinhou que a questão de Taiwan é "o núcleo dos interesses fundamentais da China" e "a primeira linha vermelha que não pode ser ultrapassada" nas relações entre Pequim e Washington.
Guo concluiu salientando que a China "adotará medidas firmes e contundentes" para defender a sua soberania, segurança e integridade territorial.
O Ministério da Defesa Nacional de Taiwan indicou anteriormente que a notificação dos EUA ao Congresso constitui um passo processual prévio e obrigatório antes que as vendas possam se concretizar.
Os pacotes incluem sistemas e equipamentos destinados a reforçar a preparação operacional do Exército da ilha, bem como peças sobressalentes e programas de manutenção de material já em serviço.
O ministério acrescentou que parte dessas compras está vinculada a um orçamento especial, um plano que ainda precisa ser aprovado pelo Parlamento da ilha, onde a oposição mantém reservas sobre o seu financiamento.
Os EUA são o principal fornecedor de armas de Taiwan, governada de forma autónoma desde 1949, embora não mantenham relações diplomáticas oficiais com a ilha.
Pequim considera Taiwan "parte inalienável" do seu território e não descartou o uso da força para alcançar a reunificação.
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