China acusa forças externas de instrumentalizarem Taiwan para conter Pequim
- 29/12/2025
Em conferência de imprensa, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Lin Jean, afirmou que a realização destes exercícios por parte do Exército de Libertação Popular (ELP) constitui "um severo castigo" contra as "forças separatistas" de Taiwan que "procuram a secessão através da força".
Lin acusou as autoridades do Partido Democrático Progressista (PDP), atualmente no poder em Taipé, de "persistirem obstinadamente" na sua posição pró-independência e de procurarem o apoio dos Estados Unidos "para alcançar a secessão", investindo avultados recursos para transformar a ilha num "barril de pólvora".
"As forças externas que usam Taiwan para conter a China e que armam Taiwan apenas irão alimentar a arrogância do 'independentismo taiwanês' e empurrar o Estreito de Taiwan para uma situação de grave risco de guerra", alertou o porta-voz, sublinhando que a questão de Taiwan é o "cerne dos interesses fundamentais da China".
"Qualquer conduta perniciosa que ultrapasse linhas vermelhas e provoque tensões na questão de Taiwan enfrentará inevitavelmente uma resposta firme da China. Qualquer manobra sinistra para travar a 'reunificação' da China fracassará", acrescentou.
Os exercícios, designados como 'Missão Justiça-2025', prolongam-se até terça-feira e surgem após nova escalada de tensões no Estreito de Taiwan, num contexto de reforço do apoio militar de Washington a Taipé e de visitas recentes à ilha por políticos japoneses. As relações entre Pequim e Tóquio deterioraram-se nos últimos meses, em parte devido à questão de Taiwan.
Taiwan é governada autonomamente desde 1949, sob a bandeira da República da China, e possui Forças Armadas e um sistema político, económico e social distinto do da República Popular da China, destacando-se como uma das democracias mais avançadas da Ásia.
Pequim, no entanto, sempre considerou Taiwan como uma "parte inalienável" do seu território e tem intensificado, nos últimos anos, a campanha de pressão para alcançar a "reunificação nacional", um objetivo central da estratégia de longo prazo do Presidente chinês, Xi Jinping, de alcançar o "rejuvenescimento" da nação chinesa.
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