Chefe da Mossad alerta para reinício de programa nuclear iraniano
- 17/12/2025
"A ideia de continuar a desenvolver uma bomba nuclear ainda vive nos seus corações. Temos a responsabilidade de garantir que este projeto nuclear, que foi gravemente prejudicado em cooperação com os americanos, nunca seja reativado", declarou Barnea durante uma cerimónia de entrega de distinções da Mossad.
O líder dos serviços secretos israelitas referia-se aos ataques aéreos que visaram instalações nucleares, dirigentes, altas patentes militares e cientistas iranianos, durante uma guerra aberta entre os dois países durante 12 dias no passado mês de junho, que contou também com uma vaga de bombardeamentos dos Estados Unidos na República Islâmica.
"O Irão acredita que pode enganar o mundo novamente e implementar outro mau acordo nuclear. Este é um país que avançará assim que puder. Não permitimos e não permitiremos que um mau acordo se materialize", afirmou hoje Barnea, citado pela imprensa israelita.
O líder da "secreta" de Israel deixou ainda uma ameaça com referência ao ataque terrorista no passado domingo na Austrália, que matou pelo menos 16 pessoas, incluindo um dos atiradores, durante uma celebração judaica numa praia perto de Sydney, tratado pelas autoridades de Camberra como um ato motivado pelo antissemitismo e inspirado no grupo jihadista Estado Islâmico.
"Vamos encontrar os atacantes e os seus mentores iranianos, bem como os jihadistas, onde quer que estejam, e acertaremos contas com eles. A justiça será feita e observada. Eles sabem disso", afirmou.
O Irão suspendeu em outubro o acordo de cooperação com a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), em resposta à reintrodução de sanções internacionais contra a República Islâmica no mês anterior.
Este acordo tinha sido negociado depois de Teerão ter suspendido a sua cooperação com a agência internacional no seguimento da guerra de 12 dias com Israel.
O diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, anunciou na segunda-feira que os funcionários da agência retomaram as inspeções no Irão, mas ainda não têm acesso a "instalações-chave", referindo-se aos locais visados pelos bombardeamentos em junho.
O Irão tem declarado repetidamente que o seu programa nuclear é pacífico e rejeita as acusações de que procura desenvolver armas atómicas.
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