Bulgária cria comissão de inquérito sobre atividades de George Soros
- 05/11/2025
A Assembleia Nacional indicou que esta "comissão temporária" tem como objetivo "apurar os factos e circunstâncias relacionados com as atividades de George e Alexander Soros e das suas fundações na Bulgária".
A comissão visa também apurar o financiamento a pessoas singulares, entidades jurídicas e organizações não-governamentais, bem como as ligações a partidos políticos, magistrados, instituições de ensino, meios de comunicação, empresas e autoridades estatais.
Num comunicado, o parlamento adiantou que a comissão, criada a pedido de Delyan Peevski, dirigente do Partido Movimento pelos Direitos e Liberdades (DPS/MRF) e que se encontra sob sanções dos Estados Unidos e do Reino Unido por alegada corrupção, será composta por 17 membros e funcionará por um período de três meses, findo o qual deverá apresentar um relatório com as conclusões do inquérito.
A Fundação Open Society, de George Soros, iniciou as suas atividades em Sófia em 1990, logo após a queda do regime comunista, com o objetivo declarado de "promover, desenvolver e apoiar os valores, atitudes e práticas de uma sociedade aberta na Bulgária" e "reforçar as instituições do setor civil", entre outros.
George Soros, de 95 anos e sobrevivente do Holocausto, tem sido alvo de críticas por parte de setores ultraconservadores devido às suas ações filantrópicas.
As críticas levaram o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a defender a aplicação de medidas legais contra Soros, após o acusar de apoiar protestos antigovernamentais violentos no país.
Na Hungria, o filantropo também foi escolhido pelo primeiro-ministro ultranacionalista Viktor Orbán como o inimigo "número 1". O Governo húngaro chegou a designar como "Stop Soros" uma lei de 2018 que criminaliza o apoio das organizações não-governamentais aos imigrantes sem documentos.
Em 2017, no âmbito de uma reforma do Ensino Superior, o Governo de Orbán fechou uma universidade apoiada por Soros.
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