Ainda "Titanic" estreava e tentou adivinhar-se 2025: No que se acertou?
- 30/12/2025
Corria o ano de 1998 quando a empresa de recolha de dados Gallup e a publicação USA Today realizaram um inquérito a 1.055 norte-americanos. À medida que o ano chega ao fim, o tema não podia ser mais atual: Como esperavam estas pessoas que o mundo estivesse em 2025.
Apesar de a amostra ser curta face aos 348 milhões de pessoas que, segundo a Worldometer, vivem hoje nos EUA, os resultados podem ser encarados de forma surpreendente, já que houve vários temas em que os inquiridos não estiveram longe.
Em 1998 o filme "Titanic" tornava-se um dos três filmes a liderar o recorde de mais Óscares arrecadados (partilhando o 1.º lugar - e 11 estatuetas - com "Ben-Hur" e "O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei"). No entanto, foi neste ano - quando ainda existiam e se usavam telefones com fio - que muitos norte-americanos receberam a chamada para este inquérito, respondendo a maioria que acreditavam que, de 27 anos a partir daí, o país iria eleger o primeiro presidente negro ou legalizar os casamentos entre pessoas do mesmo sexo, que se tornariam "comuns". A maior parte dos inquiridos acreditava também que uma doença "nova e mortal" iria acontecer, o que se confirmou com a pandemia de Covid-19.
A maioria das pessoas no final do século XX duvidava que as viagens ao Espaço se tornassem comuns para a maioria dos norte-americanos ou que formas de vida extraterrestre entrassem em contacto com a Terra. A maioria doas pessoas (66%) achavam ainda que por esta altura os EUA já teriam eleito uma mulher presidente, assim como uma cura para a SIDA já teria sido encontrada (60%).
Quanto ao panorama global, pouco mais de metade (51%) acreditava que o país estaria envolvido numa conflito à escala global.
As questões feitas pelo telefone, e cujas respostas foram arquivadas até hoje no Centro Roper, na Universidade de Cornell, em Nova Iorque, indicam também que o pessimismo seria a aposta para os inquiridos.
Segundo os resultados citados pela CNN Internacional, embora 70% dos inquiridos acreditasse que a qualidade de vida iria melhorar para os mais ricos, havia dúvidas sobre a classe média: metade achou que sim, e a outra metade achou que não. Quanto aos mais pobres, a maioria das pessoas que foram questionadas acharam que em 2025 a vida para esta parte da população estaria pior.
"Quase 8 em cada 10 esperavam que os norte-americanos no futuro tivessem menos privacidade pessoal, e 57% acreditavam que experimentariam menos liberdade pessoal", lê-se no artigo, que adianta que "a maioria também esperava taxas de criminalidade mais altas, pior qualidade ambiental e valores morais mais baixos."
Quanto aos filhos, uma maioria de 71% achava que "seria mais difícil criar filhos para serem boas pessoas".















