Aeroporto JFK em Nova Iorque suspende operações por falta de controladores aéreos

  • 01/11/2025

De acordo com o gabinete de Gestão de Emergências de Nova Iorque, citado pelo canal televisivo local Pix11, os voos para JFK estão a ser retidos nos aeroportos de partida, e as operações em terra estão suspensas temporariamente devido à falta de pessoal no sistema de controlo de tráfego.

 

As faltas de controladores aéreos têm levado outros dos maiores aeroportos norte-americanos a suspenderem temporariamente operações, sobretudo ao longo da última semana, caso de Los Angeles.

De acordo com a Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês), os atrasos em terra no JFK são hoje em média de uma hora, também devido ao vento forte que se faz sentir na região de Nova Iorque.

As condições meteorológicas adversas estão a afetar os outros dois maiores aeroportos da região de Nova Iorque e Nova Jérsia, com atrasos em terra de cerca de duas horas em LaGuardia e em Newark, adiantou a FAA.

Os controladores, funcionários públicos, estão entre os que têm de continuar a trabalhar sem receber salário durante a atual paralisação governamental, que dura há quase um mês.

A FAA restringe o número de voos a aterrar e a descolar num aeroporto sempre que há falta de controladores, como medida de segurança, o que implica atrasos.

No último fim de semana, o Aeroporto Internacional de Los Angeles teve de interromper todos os voos durante quase duas horas.

A paralisação do governo federal dos EUA vai manter-se pelo menos até 03 de novembro, uma vez que o Senado (câmara alta do Congresso norte-americano) não retomará as suas atividades até essa data. 

A atual paralisação do Governo completará 34 dias na segunda-feira, aproximando-se do recorde estabelecido durante o primeiro mandato de Donald Trump, quando o governo esteve paralisado durante 35 dias entre dezembro de 2018 e janeiro de 2019.

O atual impasse no Senado decorre das exigências dos democratas para prolongar os subsídios do Obamacare, que expiram no final do ano, que os republicanos pretendem eliminar. 

A preocupação com o pagamento das contas está a levar alguns funcionários públicos a procurar um segundo emprego para sobreviver.

O número de controladores aéreos de baixa por doença aumentou durante a paralisação, tanto por frustração com a situação, como porque precisam de folga para fazerem trabalhos remunerados, em vez de estarem nos aeroportos seis dias por semana, como muitos fazem rotineiramente.

O vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, alertou na quinta-feira que o possível prolongamento até novembro da paralisação governamental, em vigor desde 01 de outubro, poderá provocar "um desastre" para as viagens de milhões de pessoas.

"Isto vai causar atrasos enormes. Queremos que as pessoas consigam chegar a casa para o Dia de Ação de Graças. Queremos que as pessoas consigam viajar em negócios", destacou Vance numa conferência de imprensa na Casa Branca ao lado do secretário dos Transportes, Sean Duffy, e dos dirigentes sindicais do setor aéreo.

O vice-presidente liderou uma mesa-redonda com trabalhadores do setor aéreo e Duffy, afirmando que "o stress de não receber o salário" dos controladores de tráfego aéreo está a criar uma crise que pode desencadear "um desastre".

Em 2019, durante a paralisação governamental mais longa da história, a baixa médica concedida a muitos controladores de tráfego aéreo paralisou parte do tráfego aéreo doméstico e ajudou a forçar um acordo legislativo.

A economia dos EUA pode perder até 14 mil milhões de dólares (12,03 mil milhões de euros) devido à paralisação do governo federal, indica o Gabinete de Orçamento do Congresso (CBO), organismo que aconselha o Congresso em assuntos orçamentais.  

Leia Também: Voos suspensos durante 2h por alerta de drones no aeroporto de Berlim

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2880919/aeroporto-jfk-em-nova-iorque-suspende-operacoes-por-falta-de-controladores-aereos#utm_source=rss-mundo&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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