Hong Kong detém 4 pessoas, incluindo menor, por atividades subversivas
- 11/07/2025
Steve Li Kwai-wah, superintendente-chefe do Departamento de Segurança Nacional, indicou na quinta-feira, que as detenções, no dia anterior, envolveram três homens e um menor, entre 15 e 47 anos. Caso sejam condenados, podem enfrentar prisão perpétua.
A polícia disse que a organização a que pertencem, alegadamente chamada de Hong Kong Democratic Independence Union ('União Democrática pela Independência de Hong Kong'), foi fundada em 2024, em Taiwan.
Mais de 37 mil residentes de Hong Kong emigraram para Taiwan nos últimos anos, de acordo com dados oficiais da agência de imigração da ilha.
Taiwan tem sido um dos destinos para o êxodo da antiga colónia britânica, em parte por receio das consequências da legislação de segurança nacional de Hong Kong.
A agência de notícias Associated Press (AP) notou que a página do grupo Hong Kong Democratic Independence Union na rede social Facebook tem apenas dezenas de seguidores.
Steve Li acrescentou que as funções dos quatro homens incluíam desenhar bandeiras, estudar como solicitar assistência de países estrangeiros e planear a preparação de formação militar para os membros.
Durante buscas em Hong Kong, referiu Li, a polícia encontrou uma proposta para instar os Estados Unidos a elaborarem planos para salvar presos políticos de Hong Kong, bem como algumas bandeiras com desenhos que promoviam a independência de Hong Kong e do Tibete.
O responsável disse ainda que os membros do grupo realizaram uma conferência de imprensa 'online' em Taipé, em fevereiro, durante a qual alguns membros prometeram "acabar com o Partido Comunista" da China e "libertar Hong Kong".
A 01 de julho, quando a antiga colónia britânica comemorou o 28.º aniversário do regresso ao domínio chinês, o grupo realizou uma atividade no estrangeiro em que os participantes pisaram as bandeiras chinesa e de Hong Kong, acrescentou.
O dirigente disse ainda que os membros tocaram a música "Glory to Hong Kong", frequentemente cantada durante os protestos antigovernamentais de 2019 e que, mais tarde, foi proibida pela justiça.
Li lembrou também que as autoridades da região semiautónoma chinesa têm jurisdição sobre os habitantes de Hong Kong que cometam crimes contra a segurança nacional no exterior.
Em resposta, o grupo condenou o Governo, denunciando abuso da lei de segurança nacional e supressão da liberdade e dos direitos humanos, garantindo, numa publicação nas redes sociais, que não ficaria em silêncio.
Em junho, a polícia de Hong Kong, cidade vizinha de Macau, acusou um jogo para telemóveis, desenvolvido pela ESC Taiwan, de defender a revolução armada e promover agendas separatistas.
Ainda de acordo com a AP, críticos afirmaram que a repressão no território, ao abrigo da lei de segurança nacional, imposta por Pequim em 2020, restringiu a liberdade de expressão da cidade e outras liberdades civis que Pequim prometeu manter intactas quando Hong Kong regressou ao domínio chinês, em 1997.
Os governos de Pequim e Hong Kong afirmaram que a lei é necessária para a estabilidade da cidade, na sequência dos protestos, por vezes violentos, de 2019.
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